quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou a minha vida.
Nasci para amar os outros, nasci para escrever,e nasci para criar meus filhos.
"O amar os outros" é tão vasto que inclui até o perdão para mim mesmo com o que sobra.
As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto.
Tenho que me apressar, o tempo urge.
Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida .
Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
E nasci para escrever.
A palavra é meu domínio sobre o mundo.
Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente.
Uma das vocações era escrever.
E não sei por que, foi esta que eu segui.
Talvez porque para outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida, se vivendo em nós e ao redor de nós.
É que não sei estudar.
E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever.
Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivesse a língua em meu poder.
E no entanto cada vez que eu vou escrever, é como se fosse a primeira vez.
Tudo que escrevo é uma estreia penosa e feliz.
Essa capacidade de me renovar todo à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever.
Quanto aos meus filhos.Se tiver tempo,Terei 3 Filhos.Clarice,Renato e Rodrigo.
Quero saber como é ter filhos.
Um dia eles estarão aqui, ao meu lado.
Sentirei orgulho deles.Deixarei um pouco de mim.Acompanharei seus sofrimentos e angústias.Serei o melhor que posso ser em vida para eles.Eu lhes darei o que é possível dar.
Se não os tivesse, seria sozinho no mundo.
Mas tenho uma descendência, e para eles no futuro eu preparo meu nome dia a dia.
Sei que um dia abrirão as asas para o voo necessário, e eu ficarei sozinho: É fatal,porque a gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos...Criamos para o mundo.
Quando eu ficar sozinho, estarei seguindo o destino de todas as pessoas.
Sempre me restará amar.
Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e eu devo aprender também a parar.
Em escrever eu não tenho nenhuma garantia.
Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer.
Amar não acaba.
É como se o mundo estivesse a minha espera.
E eu vou ao encontro do que me espera!!!

John & C.
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
ainda te quero como sempre quis.
Tenho a certeza que
nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
não significas nada.
Não poderia dizer jamais que
alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

(Clarice Lispector)

Ler agora as estrofes no sentido inverso:

É tarde demais...
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
EU TE AMO!
E jamais usarei a frase
já te esqueci!
Sinto cada vez mais que
alimento um grande amor.
Não poderia dizer jamais que
não significas nada.
Sinto dentro de mim que
nada foi em vão.
Tenho a certeza que
ainda te quero como sempre quis.
Estarei mentindo dizendo que
Não te amo mais.

(Clarice Lispector)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Tem gente que não se enxerga

Existem pessoas que:

♦ Acham que são invejadas... mas na verdade vivem nos imitando e são motivos de piada

♦ Acham que são superiores... mas na verdade são vazias e infelizes

♦ Acham que estão abafando ao lado de seus namorados (as)... mas vivem sendo enganadas

♦ Acham que são felizes... mas vivem num mundinho de mentiras

♦ Acham que estão te atingindo... mas vc nem tchum pra elas

Pois é... Existem pessoas SEM NOÇÃO!!!

Que torcem pela sua infelicidade, investigam sua vida, pensam em vc dia e noite... e ainda querem se convencer que o problema é vc. No fundo, essas pessoas não se acham capazes de ser metade do que vc é, e por isso, te diminuem para se sentirem um pouco melhor...

ISSO SIM É DIGNO DE PENA!!!!






Cai na real... SE ENXERGA..!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Nem subcultura Gótica é um modismo adolescente, nem todos os adolescentes se deixam seduzir por "modismos adolescentes".

Nem subcultura Gótica é um modismo adolescente, nem todos os adolescentes se deixam seduzir por "modismos adolescentes". Mas muitos adolescentes se aproximam da subcultura Gótica como se esta fosse um modismo adolescente. E, principalmente, nem todo adolescente se aproxima da subcultura Gótica por modismo. Alguns adolescentes buscam pertencer a "qualquer rebanho" ou "gangue" que lhe ofereça uma identidade fácil que possa ser uma alternativa à identidade de "filho" dependente dos pais que tinha até então. Este tipo de participação subcultural não nos interessa aqui, pois quem se aproxima de uma subcultura apenas para "ter amigos" ou "uma galera" vai se afastar desta subcultura pouco tempo depois, muitas vezes falando mal dela ou a ela se referindo como "coisa de adolescente". De fato, para esta pessoa foi "coisa de adolescente" pois ela se aproximou por motivos equivocados: apenas por necessidade de pertencimento a algum grupo, necessidade de auto-afirmação e/ou uma identidade superficial e fácil. Claro que uma parte dos que se aproximam cedo de uma subcultura acabam se identificando de fato com o que ela significa. Mas para que isso aconteça é preciso que a pessoa descubra quem ela é ou quer ser. Subculturas não podem ser substitutos de nossa identidade, apenas fazem parte de nossa identidade, juntamente com outras coisas. Somos Góticos e ao mesmo tempo somos várias outras coisas não necessariamente relacionadas a subcultura Gótica.
Sem dúvida, a convivência entre pessoas maduras que se percebem como Góticas inclui também "a proximidade afetuosa" ou "celebração grupal", mas neste caso a participação e pertencimento na subcultura Gótica não se baseiam apenas nestes dois fatores, pois a percepção de identidade subcultural permanece mesmo na ausência deles.