sábado, 10 de abril de 2010

Adolescentes Gays Enforcados no Irã

Adolescentes gays foram executados publicamente no Irã, onde a homossexualidade é considerada crime.
Um dos jovens tinha 18 anos e ou outro era menor de idade. Os dois foram enforcados na Praça da Justiça da cidade de Mashhad, nordeste do Irã.
A Justiça iraniana é baseada na lei islâmica, que estabelece a pena de morte para pessoas que praticam a homossexualidade. Os dois adolescentes admitiram ter mantido relações sexuais quando o mais velho tinha 16 anos, mas pediram clemência, alegando que essa é uma prática comum entre jovens e que eles desconheciam a punição.
Antes de serem executados, os dois ficaram presos por 14 meses e receberam 228 chibatadas cada um.

Rohollah Rezazadeh, advogado do garoto mais novo, apelou dizendo que seu cliente era muito jovem para ser executado. A Suprema Corte do Irã, porém, rejeitou esse argumento.

Abaixo segue as fotos chocantes...






Homossexualidade No Irã = Morte Por Enforcamento/Homosexuality in Iran = Death By Hanging




'Você não pode ser gay no Irã', diz ativista
"Os gays do Irã vivem sob constante ameaça não apenas da polícia e do governo, como também da sociedade, disse à BBC Brasil o ativista Arsham Parsi, diretor executivo da IRQO (Iranian Queer Organization), uma organização iraniana que luta pelos direitos dos homossexuais.


"A vida para um gay iraniano é muito dura, por falta de informação sobre o assunto e falta de segurança também. Ele tem que usar uma máscara 24 horas por dia. Você não pode ser jovem e gay no Irã", disse Parsi à BBC Brasil.

O próprio presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deu uma idéia do drama enfrentado pelos gays no seu país, ao declarar, em uma palestra em Nova York, que não havia homossexuais no Irã.



"Ele (Ahmadinejad) nega a minha existência, assim como nega a existência do Holocausto e de prisioneiros políticos no Irã", disse Parsi. Diretor da IRQO (Iranian Queer Organization)






Fuga



Falando do Canadá pelo telefone, Parsi conta que teve de fugir do Irã em 2005 quando descobriu que a polícia estava atrás dele.

Desde 2001 ele dirige uma organização de defesa dos direitos dos homossexuais.

"Comecei a organização no Irã através de uma rede de e-mails. Ela foi crescendo e em 2005 recebi ameaças por ser ativista. Eu trabalhava em casa, tinha meu telefone divulgado, e a polícia havia me rastreado. Quando descobri, deixei o Irã em dois dias, e nunca mais voltei", ele conta.

Um dos trabalhos da IRQO é, justamente, apresentar relatórios e divulgar, em outros países, a situação dos homossexuais no Irã.

"No passado", diz ele, "era mais difícil para homossexuais iranianos conseguir asilo em outros países por serem gays, já que não havia conhecimento dos riscos. O Ministério da Justiça nega que haja perseguição ou punição aos gays no país, mas sabemos que não é bem assim".

"Mesmo fora do país, muitos iranianos gays não assumem sua sexualidade, por temer a reação de suas famílias e da comunidade."

O próprio Parsi conta que, apesar de ser ativista pelos direitos gays, dar entrevistas e falar sobre o assunto na mídia internacional, a família dele não sabe que ele é homossexual.

Mas, desde que se mudou para o Canadá, Parsi explica que se sente livre para falar e fazer campanha pelo assunto.

Sharia

Segundo Parsi, de acordo com a lei islâmica Sharia, os homossexuais podem ser perseguidos e condenados à morte por apedrejamento, forca, corte por espada ou sendo jogados do alto de um penhasco. Um juiz da corte islâmica decide como ele deve ser morto.

"É impossível saber os números de execuções por homossexualismo, porque eles não são divulgados pelo Ministério da Justiça."

O ativista explica, no entanto, que a homofobia no Irã não parte apenas do governo.

"No ano passado, por exemplo, soubemos do caso de um pai que ateou fogo e matou o próprio filho, de 18 anos, quando descobriu que ele era gay, para manter a honra da família."

"Muitos não chegam a ser presos ou perseguidos pela polícia, mas são executados pela própria família", diz ele, "em geral, a sociedade apóia a perseguição dos gays."

Parsi explica que falta informação no país, onde se aprende na escola que o homossexualismo é proibido e vai contra as leis de Deus.

"Os iranianos não têm idéia da diferença entre homossexualismo, sodomia e pedofilia. Eles acham que homossexuais estupram crianças."

"Quando concluí que era gay sofri muito, me voltei para o islamismo, rezava para Alá 24 horas por dia pedindo que ele me fizesse uma pessoa melhor", conta Parsi.

Uma das propostas da IRQO é, justamente, educar a comunidade iraniana, dentro e fora do país, sobre a questão gay.

Mudanças

O diretor-executivo da IRQO conta que, na sua infância, não lembra de jamais ter visto a questão ser tratada pela mídia, mas, segundo ele, isso está mudando.

Ele próprio deu entrevista recentemente para o serviço persa da BBC, transmitido no Irã, e outras revistas abordam o assunto.

Parsi explica que a internet é o principal meio de comunicação da comunidade gay e que com o aumento da informação circulando, mais e mais escritores e poetas homossexuais vêm se manifestando e escrevendo sobre o assunto.

Sua organização recebe cerca de 100 e-mails por dia de pessoas pedindo informações, e a revista online por eles editada tem 5 mil assinantes.

"As pessoas me dizem que o homossexualismo está começando a ser aceita no Irã. Eu digo que não, mas que pelo menos agora mais gente sai do armário."

7 comentários:

☥ John Graysmith ☥ disse...

Eu ainda não consigo acreditar que pessoas decidam tirar vidas justificando uma religião para praticar a pena de morte por uma orientação sexual...Nem Parece que estamos em 2010 . =(

Giane disse...

Infelizmente, John, a ignorância ainda vai levar muitos séculos para acabar.
Acredite, tenho amigos que não assumem a sexualidade por medo da reação da família e (pasme) dos próprios amigos...

Beijos mil!!!

Unknown disse...

EU ACHO UMA FALTA DE RESPEITO COM A VIDA , ESSAS COISAS QUE ACONTECEM NO IRA ELES NEM SAO DIGNOS DE SUAS PROPRIAS VIDAS COMO VAO QUERER TIRAR A VIDAS DE OUTRAS PESSOAS, EU SOU HOMOSEXUAL SIM E NAO TENHO VERGONHA DE DEZER ISSO PARA QUER QUIZER OUVIR DOU OQUE E MEU E ESPERO QUE ELES SAIBAO QUE OQUE ELES ESTAO FAZENDO AQUI NA TERRA ELES VAO PAGRA POIS E BIBLICO ISSO TUDO QUE SE FAZ AQUI AQUI SE COLHE DEUS E TAO MARAVILHOZO QUE TEM MISERICORDIA DE NOSSA VIDA E PORQUE ELES NAO VAO TER ESPERO QUE ELES SAIBAO QUE NO FIM DOS TEMPOS ELES VAO PAGAR PELA VIDA DESSAS PESSOAS ..E QUE DEUS NAO TENHA MISERICORDIA DA VIDA DE QUEM CONDENAO AS PESSOAS MAIS SIM DAS PESSOAS CONDENADAS......OBRIGADO DEUS POR ME FAZER FELIZ.........................................................................................................................BRAZIL.....

Isa disse...

^ Gustavo, exatamente o que você disse. Tem uma hora que cansa lamentar tanto as injustiças praticadas em "nome de Deus", mesmo por que, segundo o próprio ditame de Deus, ele não segrega e não condena ninguém. Eu compartilho dessa memsa sensação que você, amigo. Eles irão pagar pelos crimes que cometem, mesmo que não seja pela justiça humana, que é tão falha. :

Junior Paz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Junior Paz disse...

Infelismente isso Acontece muito usam o Nome de Deus para condenar,e julgar sendo q na biblia diz em Mateus7:”Não julgueis para que não sejais julgado”, quantas vidas ja devem ter si perdido por cusa de atitudes como essas? Mas está tudo na mão de Deus a justiça do homem é falha mas a de Deus jamais falha...

Anônimo disse...

Eu gostaria de saber de quem foi a "brilhante ideia" de colocar essas cores no site. A brilhante ideia facilita a leitura, e com isso possibilita inclusive que nem seja de interesse em continuar a busca pela informação que foi exposta (se é que foi exposta). Para finalizar, só quero informar que estou sendo sarcástico mesmo, pois nunca vi alguém tão sem noção de cores. Impossível continuar lendo as matérias